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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Entrevista com o Sérgio Silva, artista plástico irituiense.

O Movimento "Quem-Te-Dera" foi até a casa desse grande artistas irituiense para saber um pouco mais a respeito de sua vida e obra, o inicio de sua carreira, suas inspirações, planos, sonhos e  suas decepções com a nossa triste realidade irituiense. Confira na íntegra o que diz o artista.



MQTD: Como tu começaste a tua carreira? O que te fez seguir pelo caminho artístico?

Sérgio: Comecei meus trabalhos nas oficinas de artes plásticas no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), com o professor Jeferson Assunção, que me deu a base dos meus conhecimentos sobre pintura. A partir daí eu segui pelo caminho artístico e depois pude sair e fazer outros cursos para aprimorar meu trabalho.


MQTD: Quais foram esses cursos?

Sérgio: Foi em São Miguel do Guamá, pela prefeitura, onde fiz um curso de pintura em telas, de onde eu tive a idéia de comprar livros para saber mais um pouco sobre a teoria das artes plásticas e então eu passei a criar minhas próprias telas baseadas em minhas próprias técnicas e no meu estilo.



MQTD: Quais foram as tuas inspirações e influências?

Sérgio: A minha influência maior foi meu tio Enok, que é professor de artes plásticas e pintor, e que me deu um grande incentivo no sentido de me passar técnicas de estilo gravuras em telas e caricaturas. Outro que muito me influenciou foi o artista plástico Geraldo Teixeira, sendo que foi ele quem ministrou o curso que fiz em São Miguel, e apesar do pouco contato, ele foi umas das minhas motivações e incentivos.




MQTD: Quais foram as dificuldades encontradas no decorrer de teu trabalho?

Sérgio: Foi não ter a chance de ter o meu tio ao meu lado para me orientar e me ensinar mais coisas, e saber que tudo que eu fiz e que batalhei tanto para aprimorar aqui em Irituia não está valendo de nada, e também saber que tem cursos maiores em outros lugares e não poder participar pela minha condição financeira, pois sei que posso divulgar meus trabalhos, e nem pra isso tenho apoio.



5-     MQTDAtualmente, como anda a tua carreira?

Sérgio: Eu trabalho, crio, invento, e sempre guardo, pela falta de apoio para levar pra outros lugares, para expor e vender meus trabalhos, inclusive nem mesmo em Irituia, meu Município, sendo uma pessoa que nunca se esquece de mim é o professor Gleyce, pois ele leva trabalhos meus pra São Paulo e outros lugares, me ajudando na divulgação e na venda destes trabalhos.

6-                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      MQTD: Já aconteceu alguma exposição do teu trabalho em Irituia?

Sérgio: Aconteceram duas vezes, sendo que uma foi no Centro de Convivência da Terceira Idade e outra na Escola Maria da Conceição Malheiro, onde muitas pessoas me parabenizavam e me elogiavam, no entanto não queriam dar o preço dos trabalhos, sempre desvalorizando e diminuindo o que eu pedia nas obras.




MQTDQuais os teus planos para o futuro e qual a tua mensagem pra quem pretende seguir na carreira artística?

Sérgio: Pretendo continuar minha carreira artística, ser um grande profissional, e  sabendo que no meu Município minha arte não é valorizada, pretendo sair e mostrar em outros lugares,  e apesar de tudo, representar meu Município. E para aqueles que pretendem iniciar, se valorizar, trabalhar e manter seu preço.



Entrevista realizada no dia 26 de fevereiro de 2011.
Endereço: Travessa entre a Rua Jarbas Passarinho e a 29 de dezembro, no Bairro Jaçanã, Irituia-PA; 
Telefone para contato com o artista: 9619-4043.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Festival da Cultura IRITUIENSE: é esperar pra ver

É certo que nunca podemos cantar vitória antes do tempo, mas a se realizar tudo o que o senhor secretário de cultura do município, prof. Orlenil, falou ontem na Câmara a respeito do futuro festival da cultura, teremos motivos de sobra para comemorar, pois desde o ano passado, quando fomos às ruas protestar, através de nosso arrastão cultural, contra o abandono de nossa cultura, o tema passou a despertar a devida atenção de nossas autoridades, que inexplicavelmente até então não haviam se apercebido da gravidade do que vinha ocorrendo, bastando que ouvissem o grito de protesto de nosso povo para enxergarem o óbvio: nosso principal evento cultural estava morrendo sem que ninguém fizesse nada, muito pelo contrário, só ouvíamos elogios por parte dos organizadores, como se quantidade de público servisse para medir a qualidade do evento. Estávamos, isto sim, era engordando perigosamente, tipo gordura trans. 
Esperamos que as belas palavras do senhor secretário possam se transformar em realidade e que nosso festival da cultura sirva de fato para o que fora criado: a valorização e congraçamento de nossa cultura, de nossos inúmeros artistas que devem estar afoitos por reocupar o espaço que outrora lhes pertenceu.
Aproveitamos para exaltar e agradecer as belas e coerentes palavras proferidas pelo nosso grande conhecedor da cultura irituiense, o poeta e escritor Lucival Silva, que simplesmente falou o que, temos certeza, a maioria de nosso povo, que ama esta terra e sabe a importância de valorizar nossas tradições, gostaria de ter dito.  

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A cultura irituiense no centro das discussões

Afinal, como queremos que a nossa cultura seja tratada?
Talvez esta seja a principal pergunta a ser respondida pela população irituiense que comparecer na próxima segunda feira, 23, para a audiência pública a ser realizada pela Câmara Municipal. 
Nos últimos anos temos visto que algo mudou na nossa principal festa cultural promovida pelo poder público local. Esta festa, que antes era palco para um verdadeiro encontro de talentosos irituienses que expunham a sua arte, a sua vida, a história de nossa cidade, nossos costumes, nossas danças, nossas lendas, nosso jeito de ser irituiense, hoje em dia vem perdendo espaço não só nos palcos dos festivais mas também no seio do próprio povo irituiense, onde as novas gerações já não se reconhecem mais nas suas antigas tradições, fruto do descaso daqueles que têm o DEVER de trabalhar a importância da preservação de nossa cultura e pouco fazem.
Esta audiência servirá para o povo de Irituia dizer como quer ver a nossa cultura daqui pra frente. Apesar de estar direcionada de maneira mais específica para o festival da cultura deste ano, mas não podemos desperdiçar a oportunidade de fazermos uma discussão mais ampla, que o tema exige há tempos.

QUEREMOS UM FESTIVAL PARA CELEBRAR A NOSSA CULTURA, O POTENCIAL DE NOSSOS ARTISTAS, OU PARA ENCHER A PRAÇA DE PESSOAS QUE VÊM APENAS ASSISTIR AOS GRANDES SHOWS DE BANDAS NACIONAIS E  APARELHAGENS E POUCO OU QUASE NADA DEIXAM PARA O MUNICÍPIO? 

Uma das grandes polêmicas que cercam a realização do festival da cultura deste ano está em torno da vinda das grandes atrações que fecham as noitadas. No ano passado tivemos a presença de atrações como Cavaleiros do Forró, Forrozão Tropicália e, no último dia, o Superpop. Não temos dúvidas de que a presença de grandes atrações como essas servem para abrilhantar ainda mais o festival, porém o que vem ocorrendo é uma grande inversão de valores, uma injustiça descomunal, já que como não existem políticas públicas, em nosso município, voltadas para o fomento e a valorização da cultura local, é inaceitável que sejam gastas cifras gigantescas de dinheiro público com atrações como estas, enquanto nossos grupos, nossos artistas permanecem completamente abandonados, quando muito lhes sobra, mal dá para se apresentar condignamente, expondo nossas atrações a comparações extremamente injustas, dada toda a estrutura apresentada pelas profissionais atrações importadas.
Portanto, se há recurso para se investir em atrações de outros lugares, por que não há para nossos grupos locais, que são irituienses e contribuem diretamente com o município, pois cada grupo formado é um número relativo de pessoas que não estarão na ociosidade, vulneráveis às investidas de um um mundo cada vez mais violento e traiçoeiro. Essa é a grande critica que fazemos e gostaríamos de ver respondida por quem de direito, para o bem e sobrevivência de nossa rica cultura.


O FESTIVAL DA CULTURA DEVE SER O PONTO ALTO DE CELEBRAÇÃO DA NOSSA CULTURA POPULAR! TEMOS ATRAÇÕES DE SOBRA!




VAMOS TODOS EXIGIR UM FESTIVAL QUE RESPEITE O NOSSO POVO E AS NOSSAS TRADIÇÕES! É UM DIREITO NOSSO, AFINAL OS RECURSOS UTILIZADOS SÃO PÚBLICOS.



segunda-feira, 16 de maio de 2011

Enquete sobre o próximo Festival da Cultura

Pessoal, estamos querendo saber a opinião de vocês a respeito do nosso próximo Festival da Cultura. Ano passado houve várias manifestações discordantes a respeito da maneira como fora idealizado nosso último festival, pois a cultura irituiense, que é riquíssima, foi praticamente excluída do evento, sobrando apenas alguns poucos minutos para cada grupo, isso somente para justificar o nome.
Portanto, pedimos a todos que participem dessa enquete, deixando suas opiniões a fim de que tenhamos noção de como pensam a respeito desse tema tão polêmico.
A enquete se encontra no canto superior direito. É só clicar e participar.      

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Vamos utilizar mais as nossas praças!!!

    (Praça da República/Belém-Pa)
Quem já foi a Belém, em um dia de domingo, e visitou a Praça da República com certeza viu que a praça é ponto de encontro das pessoas que querem ter um dia diferente. Mágicos, capoeiristas, dançarinos, atores encenando peças ao ar livre, música ao vivo; tudo isso pela manhã dos domingos belenenses, e o melhor, tudo de graça à população! A pergunta que fazemos aos irituienses que nos acompanham é: "O que nós fazemos pra aproveitar as nossas praças?" A nossa praça matriz, Alirio Almeida de Moraes, seja pelo motivo que for, é muito pouco utilizada por nossa população, se transformando num verdadeiro elefante branco.
A praça "é um espaço de reunião, construído para e pela sociedade, imbuída de significados, marcos centrais da constituição de trajetos, ponto de chegada e partida, concentração e dispersão. Consiste em espaço para pedestres e é palco representativo da dimensão cultural e histórica da cidade, além de abrigar, frequentemente, o comércio formal e o informal, como as feiras populares, coloniais, de artesanato, entre outras"  (1).
Portanto, vamos nos apropriar destes espaços que temos e aproveitar para fazer desta e de outras praças que aqui existam um grande palco para os artistas, e uma grande plateia para os apreciadores dos talentos irituienses que temos, vamos deixar de ficar esperando apenas pelo poder público proporcionar momentos de lazer e vamos, nós mesmos, expor aquilo que sabemos! Nós do Quem-te-dera temos algumas ideias a pôr em prática, mas faltam pessoas para abraçá-las e dar mais força para que elas aconteçam, e uma destas é o projeto "Roda de Carimbó", que visa a levar nossos carimbós para a praça Alirio Almeida de Moraes. A nossa ideia é simples, porém pode fazer uma grande diferença!!!
Aqui está o ensaio do projeto! 



(1) http://www.ulbra.br/santamaria/eventos/jornada/2009/JPE2009/Arq1257229939.pdf Artigo sobre a origem e a importância das praças.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

E coisa boa...é o CaRimBó!



Quando um irituiense ouve um carimbó é difícil não se contagiar. É uma pena que aqui em Irituia tenhamos que esperar praticamente um ano para poder cantar e dançar o carimbó, e ainda assim um carimbó que não é tão nosso, pois a grande maioria dos grupos que passam por nossa cidade são de outros municípios paraenses. Uma pena que apesar de toda a paixão de nosso povo por esse ritmo não haja incentivo para que surjam outros grupos. Temos hoje em atividade apenas dois, o Arauetê e Os Lagoanos, sendo que este,  pouca oportunidade tem tido, apesar de sua enorme popularidade por aqui.
Esperamos que as coisas mudem e novos grupos possam surgir, que outras festividades possam dar espaço para os nossos artistas, que a nossa praça seja um ponto de encontro das pessoas com sua cultura, o ano todo!

domingo, 8 de maio de 2011

Cultura Popular, o retrato fiel do povo irituiense

Quem viveu os primeiros festivais da cultura irituiense certamente tem bastante viva a riqueza de atrações locais que se apresentavam nos palcos de madeira montados na velha praça Getúlio Vargas, atual Alírio Almeida de Moraes. Ali desfilavam os pássaros de todo tipo, os bois, com destaque para o do saudoso Pacuchico, as quadrilhas, o Jabuti Piscando (um hábil senhor que tocava uns três ou quatro instrumentos, ao mesmo tempo), além das disputadas gincanas culturais, onde as juventudes (as daqui e as que vinham passar férias) participavam maciçamente. Havia também o tradicional show de calouros e a feira da pechincha. Tudo feito com e para o povo irituiense; nos orgulhávamos disso. 
Mas o tempo mudou. O que antes tinha a intenção de entreter nossa população, de divulgar nossos talentos, hoje virou atração para turista ver. Shows pirotécnicos, bandas nacionais, festas de aparelhagem, tudo isso substituiu nossas tradições, nossa história, e passamos de atores principais a coadjuvantes, meros espectadores de um evento que há anos vem perdendo completamente seu sentido. Não somos contra que venham atrações de fora, até achamos válido para o enriquecimento de nossa própria cultura, mas que seja em outras oportunidades. O festival é irituiense e deve ter a obrigação de ser feito por irituienses,  já que talentos há de sobra por aqui, falta sim, e isso é inegável, melhores condições para que essas pessoas desempenhem suas aptidões, mas nada que não se resolva com políticas públicas adequadas e a boa vontade de nossos governantes.  
Ainda estamos a mais de dois meses do festival, tempo suficiente para se pensar nisso.  
Público? Isso se reconquista com o tempo, pois qualidade independe de local e não há quem não admire um bom espetáculo, principalmente quando nos identificamos com ele. 
Abaixo, um exemplo do papel inclusivo da cultura popular. Vale a pena assistir.

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