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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Poesia de Alexandre Cordeiro - MEU ÓPIO

Eu mergulhei no fundo...
No fundo de um dos lados,
De um mundo de olhos calados,
Com minh’alma inorgânica,
E com calma... e pânico !!!
Andando com um sandeu,
Por lamaçais de pujança,
Sustentada pelo surdo breu,
Dos repletos de ignorância.
Acabam por esquecer,
Que não existe maior crime,
Que se possa cometer ao júbilo,
Do que encharcar-lhe de peso e cãibra,
E privar-lhe... de seus sonhos...
Isso... é de dar medo !
É um pesadelo tétrico e medonho,
Do qual compomos o enredo.
Não percamos a nossa magia,
Seja em versos, rimas ou prosas,
Pois a característica do cara que tem mística,
É a sua virtualidade virtuosa,
Que nos permite lançar mão,
Dessa brutal e impiedosa teia,
Pegajosa e viciante,
Que faz de nós meros bonecos,
Desencantados e desalados,
Sem graças sob uma estante,
Junto de tantos outros galgos magos,
Todos mergulhados nessa dormência,
Engazopados por essa férula,
Encobertos numa ríspida concha,
Que insiste em ocultar a pérola,
Que sonha livrar-se desse engulho,
Deste maldito padrão histrião,
E deste dorido mergulho,
Que tomei devido a um safanão.
Só quero livrar-me do ópio...
Só quero deixar de ser cópia...
Só quero...
De fato...
Possuir vida própria !!!

(Alexandre Cordeiro)

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